sexta-feira, 20 de julho de 2012

Iriny prefeita 13

Biografia

1956

No dia 12 de fevereiro, nasce em Lavras (MG), Iriny Nicolau Corres Lopes. Filha de pai grego (Nicolas Georges Korres) e mãe (Wanda Vitorino Corres) brasileira, Iriny é a única dos cinco filhos que herda a veia política do pai, comunista que fugiu da Grécia no final de 1949, quando aumenta a perseguição dos grupos de extrema direita aos militantes de esquerda.

Anos 70

Aos 19 anos, Iriny resolveu mudar para o Espírito Santo, onde os pais já estavam, e casou-se com Flávio Lopes, pai de seus três filhos: Flávia, Nicolas e Carolina.
Nesse período, Iriny se juntou aos habitantes da região de Paul e São Torquato, que iniciavam um movimento contra a poluição do pó de minério, que além de sujar as casas, causava doenças respiratórias na população. A partir desse movimento, foi criada a Associação de Moradores de Paul.
Nos anos posteriores, o vislumbrar do fim da ditadura militar significou o aprofundamento da participação popular na vida política do Brasil. Além de participar de diversas lutas com os movimentos sociais como pelos direitos das mulheres, contra a fome e pelo direito à água, Iriny integrou a Comissão Nacional de Anistia no processo de redemocratização do país.
Nesse processo crescente de manifestações, Iriny Lopes ajudou na criação do Conselho Popular de Vitória.

Anos 80

Era fim dos anos 70, início dos 80. Trabalhando no Sindicato dos Engenheiros, Iriny e os engenheiros Silvio Ramos e Margareth Saraiva decidiram fundar a Cooperativa de Engenheiros do ES, com o objetivo de reivindicar melhores condições para a categoria.
Essa cooperativa, junto com Associação dos Mutuários do Sistema Financeiro de Habitação (Ascam), foi importante na defesa da moradia digna e do direito à habitação para todos. Iriny, em função da luta pela moradia, se tornou presidente da Ascam em 1982, cargo que ocupou por mais dois mandatos, tendo, inclusive, apoiado a fundação da Associação de Moradores de Jardim da Penha (Amjap), que até hoje é símbolo de luta por qualidade de vida nesse bairro na área norte da capital.
A mobilização desses vários movimentos resultou na Articulação Nacional de Solo Urbano (Ansur), em nível nacional, da qual Iriny fez parte. A entidade debateu amplamente a reforma urbana e foi parte importante na elaboração do capítulo sobre o tema na Constituinte de 1988. Pode-se afirmar que o Estatuto das Cidades, implantado no primeiro mandato do presidente Lula, é fruto dessa ampla discussão.
Nessa época, Iriny participou ativamente na fundação do PT, percorrendo todo o Estado. Iriny integra, desde a fundação do partido, o Diretório Nacional do PT e foi, em três oportunidades, presidente estadual do partido, além de ter sido a coordenadora estadual de duas campanhas de Lula à Presidência do Brasil.

Anos 90

A defesa dos direitos civis, em especial a proteção à pessoa, marcou a vida de Iriny Lopes de maneira especial nas últimas décadas. O combate à violência e à impunidade fez dela amiga do advogado e jornalista Ewerton Montenegro Guimarães, que, juntamente com outros companheiros criaram o Fórum Reage-ES no final dos anos 90. O combate à corrupção e ao crime organizado a colocou em situação de risco de morte, motivando da proteção da Polícia Federal de 1999 a 2004, amparada em determinação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos .

Anos 2000

Decorrente do seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, Iriny foi eleita, com expressiva votação, deputada federal em 2002, e foi reeleita em 2006. Durante sua atuação na Câmara foi, por duas vezes, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), sendo a primeira mulher a presidir a comissão.
Na Câmara, Iriny também integrou o Conselho de Ética da Câmara e relatou o processo que culminou com a cassação do mandato do deputado André Luiz, por tentativa de extorsão a um empresário carioca. Além disso, em 2009, Iriny foi indicada relatora da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, condição na qual recomendou o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, que em disputa com a Telecom Itália pelo controle da Brasil Telecom utilizou métodos espúrios, dentre eles grampos ilegais.
Iriny tem como marcas de sua trajetória duas linhas de ação que, no seu entender, são complementares: o desenvolvimento econômico e a defesa dos direitos humanos. Assim, organizou seminários para debater a questão portuária, de exploração do pré-sal, abordando as tecnologias e a qualificação necessárias para inclusão de trabalhadores locais na cadeia produtiva, intercedendo junto ao Governo Federal pelo desenvolvimento do Espírito Santo.
Sua atuação também foi marcante como relatora da Lei Maria da Penha, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), lei que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Da bancada federal do Espírito Santo, Iriny é a única a defender os direitos e a cultura das comunidades tradicionais.
A partir de 2010, além de sua atividade parlamentar, Iriny assumiu a Secretaria de Relações Internacionais do PT.

2011-2012

No início de 2011, foi convidada pela presidenta Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Como ministra, dialogou intensamente com o Judiciário, Ministério Público e Governos Estaduais para a implementação efetiva da Lei Maria da Penha. No ministério, Iriny elegeu como prioridades o enfrentamento à violência contra as mulheres e a elaboração de um programa de autonomia econômica, social, política e cultural.
Iriny permaneceu como ministra da SPM até fevereiro de 2012, quando retornou para seu mandato na Câmara dos Deputados.

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